Era uma vez uma menina chamada Kalabushe. Kalabushe era uma tagarela. A mãe de Kalabushe avisou-a para que não falasse muito, mas Kalabushe não prestou atenção.

Um dia, a tia da Kalabushe adoeceu. Ela vivia no vale, do outro lado da sua aldeia.

A mãe da Kalabushe estava muito ocupada nesse dia. Já era de noite e bastante tarde quando deu comida a Kalabushe para levar à tia doente.

A caminho, Kalabushe encontrou Sinson, a hiena que se tinha transformado numa pessoa.

Sinson perguntou-lhe o que é que ela levava consigo. Kalabushe respondeu, "Carne, ovos e leite." A mãe da Kalabushe tinha-a avisado para não dizer a ninguém o que levava consigo.

Kalabushe também contou ao Sinson que a sua tia estava doente e que ela estava a caminho da sua casa para lhe levar comida. Sinson começou a salivar só de pensar na carne que Kalabushe levava consigo.

A hiena correu rapidamente em frente de Kalabushe até chegar à casa da tia.

Ele engoliu a tia de Kalabushe e cobriu-se com o seu cobertor.

Ao chegar, Kalabushe reparou que a casa estava muito silenciosa. Quando entrou chamou pela tia, "Tia, onde estás?"

Quando não ouviu a voz da tia, Kalabushe foi para o quarto onde a tia dormia. Ficou surpreendida quando viu alguém coberto com um grande cobertor.

"Tia, porque é que as tuas orelhas estão tão grandes hoje?" perguntou Kalabushe. Sinson respondeu debaixo do grande cobertor, "Para te ouvir melhor."

Kalabushe perguntou novamente, "Tia, porque é que os teus olhos estão tão grandes hoje?" Sinson respondeu, "Para te ver melhor."

Kalabushe perguntou finalmente, "Tia, porque é que a tua boca está tão grande hoje?" Sinson respondeu, "É para te poder engolir." Sinson saltou da cama e engoliu Kalabushe.

Como a Kalabushe era muito tagarela, continuou a falar mesmo quando estava dentro do estômago de Sinson. Ela fazia muitas perguntas.

No fim, Sinson estava tão cansado das perguntas de Kalabushe que decidiu cuspi-la.

Kalabushe e a sua tia foram salvas pelos habitantes da aldeia. Daí em diante Kalabushe deixou de falar tanto com estranhos.