Era uma vez um menino que era tão feio que ninguém gostava dele, mesmo os pais dele. Em casa, ficava sentado sozinho enquanto a família dele via televisão.
Na escola, ficava sentado sozinho enquanto as outras crianças brincavam.
Quando iam buscar o gado, andava atrás de todos os outros meninos, porque eles não queriam andar ao lado dele.
Um dia, decidiu partir, mas não sabia para onde ir. Andou até chegar a uma floresta. Começou a ficar assustado, mas ficou mais calmo quando pensou que ninguém falaria com ele, porque ninguém gostava dele.
Quando estava prestes a entrar na floresta, uma mulher velha, suja e feia aproximou-se dele. Disse-lhe "olá" e perguntou-lhe o que fazia na floresta assustadora. O menino ficou chocado por ouvir alguém a falar com ele. Disse à mulher que ia para onde fosse, porque ninguém gostava dele.
A mulher velha perguntou se ele precisava de ajuda e ele respondeu rapidamente que "sim." A mulher disse que antes de ajudá-lo, queria que ele lambesse o rosto dela até ficar limpo e bonito.
O menino não teve outra opção senão lamber o rosto da mulher para conseguir a ajuda de que precisava. Começou a lamber as ramelas dos olhos dela, o ranho do nariz dela e a cera dos seus ouvidos. Lambeu-lhe o rosto até ela ficar limpa e bonita.
A mulher agradeceu-lhe e disse: "Vais encontrar muitas coisas maravilhosas na floresta, mas não tragas nenhuma. Traz apenas a raiz que encontrares."
O menino correu, com vontade de ver todas essas coisas na floresta, mas antes de conseguir entrar na floresta, a mulher chamou-o. Ela disse: "Rapaz, volta aqui!" Ele corre de volta e disse: "Estou aqui." Ela perguntou-lhe se ele tinha ouvido o que ela lhe tinha dito. "Eu disse que vais encontrar muitas coisas maravilhosas na floresta, mas não deves levar nenhuma contigo. Traz apenas a raiz que encontrares", repetiu. O rapaz concordou e assim, a mulher deixou-o entrar na floresta.
O rapaz fugiu, mas antes de poder entrar na floresta, ouviu uma voz a dizer: "Rapaz! Volta aqui!" Começou a sentir-se confuso sobre o que a mulher velha realmente queria. Correu de volta. Ela disse: "Acho que não me ouviste bem. Eu disse que vais encontrar muitas coisas maravilhosas na floresta, mas não as podes trazer contigo. Traz apenas a raiz que encontrares." O rapaz concordou e correu de volta para a floresta.
Logo a seguir a ter entrado na floresta, ouviu uma voz a dizer: "Rapaz! Volta aqui!" Tentou ignorar a voz, mas continuou a ouvi-la, por isso, voltou a ir ao encontro da mulher. Ela disse: "Não confio em ti. Acho que não vais fazer o que te pedi. Disse que vais encontrar muitas coisas maravilhosas na floresta, mas não deves trazer nenhuma contigo. Traz apenas a raiz que encontrares." O rapaz começou a ficar chateado com a repetição. Correu mais rápido do que antes, até chegar à floresta.
Quando chegou à floresta, viu uma tigela cheia de dinheiro. Agarrou no dinheiro e guardou-o no bolso. De repente, pensou no que a mulher tinha dito – que não devia trazer nada à exceção da raiz. Tirou o dinheiro do bolso e voltou a colocá-lo na tigela.
Olhou à volta e viu algumas roupas novas muito bonitas. Tirou a roupa que tinha e vestiu a roupa nova. Mais uma vez, lembrou-se do que a mulher tinha dito. Tiro a roupa nova e voltou a vestir a que tinha antes.
Olhou à sua volta e viu a raiz. Estava murcha por causa do sol. Perguntou a si mesmo o que a mulher velha achava que ele podia fazer com a raiz. Ao lado da raiz, havia uma tigela de comida. A comida tinha um aroma delicioso e o menino tinha fome. Não conseguiu evitar comer a comida.
Depois de acabar, lembrou-se do que a mulher lhe tinha dito. Lembrou-se que ela lhe tinha dito que apenas podia levar a raiz. Olhou à volta e procurou a raiz, mas não a conseguia ver.
Voltou, desapontado, para contar à mulher o que tinha acontecido, mas ela já não estava no mesmo sítio.