Era uma manhã fria e húmida e na floresta. Mod, a pequena sapa, estava cansada de nadar em água fria. "Tenho de sair daqui durante a estação das chuvas", disse para si mesma.

"Quero uma aventura", disse Mod ao cágado. "Tenho de descobrir mais sobre o mundo." "Tem cuidado. Não saias da água durante demasiado tempo, senão a tua pele secará", avisou o cágado sábio. Nessa altura, os sapos tinham uma pele lisinha e húmida como as rãs. Sem água, a sua pele secaria demasiado.

Mas Mod, a sapa, era curiosa. "Tenho de descobrir, tenho de ir para além da floresta", disse ela. Mod saltou para fora da água. A saltitar, afastou-se do rio. Divertia-se a saltar sobre pedras, através da erva, e por cima de valas.

Ouviu o som de um avião e olhou para o céu. "O que está lá em cima?" perguntou. "Será que as nuvens estão a conversar?" Mas ninguém lhe respondeu.

Mod seguiu caminho. Encontrou um camaleão pela primeira vez. Ele estava junto de uma grande poça de água. "Olá! Vou na direção da terra seca, em busca de aventuras. O que me podes contar?" perguntou ela. "Nada de especial. Também chove aqui. Muita chuva e muitas moscas", respondeu o camaleão.

Enquanto o camaleão falava, o seu corpo mudava de cor. Mod assustou-se. Rapidamente, despediu-se do Camaleão e saltou para um arbusto próximo.

Mas teve azar. A hiena estava ocupada a queimar arbustos, em preparação da estação do plantio.

Mod não queria voltar para trás, com medo de reencontrar o camaleão. Permaneceu no arbusto e só os seus olhos redondos eram visíveis. Estavam dilatados de medo. A Mod estava rodeada de fogo!

Mod não sabia para onde haveria de ir. As chamas começaram a queimar-lhe as costas. Então, a pequena sapa lembrou-se da poça de água onde tinha encontrado o camaleão. Fechou os olhos, susteve a respiração e saltou bem alto na direção da poça.

Desta vez teve sorte. Aterrou na poça, e a água apagou as chamas que lhe queimavam a pele. Mas o mal já tinha sido feito. Quando saiu da poça, a pele das suas costas estava cheia de bolhas.

Mod já não queria uma aventura. Queria ir para casa. Mas não sabia como voltar ao seu rio na floresta. Então, a pequena sapa encontrou um local fresco e escuro debaixo de uma pedra e, triste, construiu aí um novo lar. A sua pele queimada curou-se lentamente, mas estava seca e cheia de protuberâncias.

É por esta razão que os sapos têm a pele seca e conseguem viver longe da água. As rãs ainda têm a pele lisinha e húmida e têm de permanecer junto da água.