

Um dia, os animais com chifres, fizeram uma festa. Na festa só podiam entrar animais com chifres. O coelho ficou triste. Ele gosta muito de festas. "E eu se arranjar uns chifres?" perguntou o coelho ao macaco. O macaco achou a ideia muito boa.
Os dois procuraram e encontraram uns chifres. Depois colaram os chifres na cabeça do coelho. O coelho ficou muito engraçado. "Parece que tenho chifres de verdade!" disse o coelho satisfeito.
O coelho chegou à festa. Deixaram-no entrar porque ele tinha chifres. O coelho começou logo a dançar. Ele era o mais animado da festa. Todos estavam muito divertidos. Todos se riam muito com as graças e habilidades do coelho.
Com o calor e o suor, a cola que prendia os chifres começou a derreter. Oh! Aconteceu uma desgraça: os chifres caíram. Os animais com chifres pararam. Eles ficaram muito zangados.
"Infiltrado. Malandro. Mentiroso!" gritaram alguns dos animais com chifres muito zangados. "Vai-te embora da nossa festa. Não voltes aqui" gritaram outros.
O coelho ficou muito triste. Saiu da festa envergonhado. Os animais com chifre estavam zangados. Falaram da sua zanga. Depois a impala disse, "Não vamos falar mais daquele maladro. Vamos continuar a nossa festa que estava tão animada!"
O problema é que, sem a alegria do coelho, os animais com chifres não conseguiram animar a festa. Sem as graças e as habilidades do coelho, a festa ficou sem piada. O kudo disse, "Que pena o coelho não ter chifres."
Os outros animais com chifres concordaram, "A festa estava muito mais animada com o coelho." "Porque não chamamos o coelho para a festa?" perguntou a impala. "Ele não tem chifres," lembrou o búfalo. "E porque é que ele tem de ter chifres?" perguntou o rinoceronte.
"Ele não precisa de ter chifres! Vamos fazer a festa para os animais com chifres e sem chifres. Assim vai ser muito mais divertido," concordaram todos. E foram chamar o coelho, "Volta para a festa, por favor! Sem ti a festa não anima." O coelho aceitou logo. Ele gosta muito de festas!

